O apelo por uma maior visibilidade das perspectivas descoloniais na teoria e na pesquisa de administração tem o potencial de contribuir para uma renovação política e intelectual do engajamento acadêmico em questões críticas da história e da subjetividade histórica. Ele nos convida a examinar criticamente a inserção do imperialismo e do colonialismo nos fundamentos linguísticos, heurísticos, ontológicos e epistemológicos da pesquisa em gestão, currículo e ensino. Possibilita um engajamento crítico com formas eurocêntricas de ser e pensar para abraçar o que Mignolo e Walsh (2018) chamam de “pluriversalidade decolonial” – a capacidade das práxis e epistemologias locais de iluminar, relacionar ou correlacionar com aquelas existentes em outros lugares.

Nesta trilha, damos as boas-vindas a trabalhos empíricos e teóricos que examinam perspectivas decoloniais, críticas e pós-modernas e fazemos uso de qualquer escolha epistemológica que - Explore os desafios às formas dominantes de gerenciar reivindicações de identidade e queixas históricas apresentadas pelos 'colonizados' em um determinado configuração organizacional; Investigar as experiências excludentes de minorias e grupos minoritários no local de trabalho e os meios pelos quais uma abordagem descolonial ou descolonizadora do conhecimento e da produção epistemológica pode fornecer caminhos para a práxis inclusiva, entre outras questões.

Palavras-chave: Descolonização; Estudos Organizacionais; Colonialismo; Teoria e prática de gestão.

Coordenação / Covenor: Helio Arthur Reis Irigaray (FGV EBAPE) Participantes: Michelle Mielly, Gazi Islam (Grenoble Ecole de Management, França).